Brioche Col Tuppo: O Segredo Macio do Pequeno-Almoço Siciliano!
Introdução à Brioche com o tuppo
A brioche com o tuppo representa um emblema indiscutível do pequeno-almoço siciliano, um doce cuja fragrância inebriante e consistência aveludada conquistaram paladares muito além das fronteiras da ilha. A brioche com tuppo é, de fato, um orgulho da ilha da Sicília e uma delícia da pastelaria local, amada e reconhecida como símbolo de excelência regional.
Esta suave obra-prima da pastelaria não é simplesmente um doce, mas um verdadeiro símbolo cultural que encerra em si séculos de tradição gastronómica mediterrânea. A bondade da brioche aprecia-se melhor nos cafés sicilianos, onde é saboreada ao pequeno-almoço ou ao lanche, proporcionando uma experiência autêntica e típica da ilha.
Origem e Tradição
As raízes da brioche com tuppo aprofundam-se na história culinária siciliana, entrelaçando-se com influências árabes, espanholas e francesas que moldaram a gastronomia da ilha. A sua denominação deriva da característica protuberância superior, o “tuppo”, que no dialeto siciliano indica também o coque, a penteado feminino tradicional. O nome "brioche com tuppo" nasce precisamente desta forma particular, símbolo da tradição siciliana, e representa um vínculo direto entre o doce e a cultura local.
Historicamente, este delicioso fermentado começou a se espalhar no século XVIII, quando as técnicas de pastelaria francesa se fundiram com ingredientes e métodos locais. A Sicília, cruzamento de culturas mediterrâneas, soube reinterpretar a brioche francesa, conferindo-lhe uma identidade distintiva através da icónica forma com tuppo e do uso de ingredientes selecionados do território.
Características da Brioche com Tuppo
O que distingue a brioche com tuppo das outras preparações semelhantes é a sua estrutura inconfundível: uma base redonda e suave coroada por uma pequena cúpula (o tuppo, precisamente). Esta conformação não é apenas estética, mas responde também a exigências funcionais precisas: o tuppo representa, de fato, a porção ideal para começar a saborear a brioche, especialmente quando é usada como recipiente para gelado ou granita.
A brioche com tuppo é perfeita também para o lanche, especialmente na versão pequena, ideal para as crianças que desejam um snack saboroso e genuíno à tarde.
A textura interna revela alvéolos irregulares que testemunham uma correta fermentação, enquanto o exterior apresenta uma douradura âmbar e brilhante, resultado da sábia aplicação de ovo a pincelar antes da cozedura. No paladar, distingue-se pela extrema suavidade acompanhada por notas amanteigadas e um delicado aroma de baunilha que permanece como assinatura organolética inconfundível.
Na Sicilus, compreendemos a importância de preservar a autenticidade desta tradição. A nossa brioche com tuppo é preparada seguindo metodologias artesanais que respeitam a receita histórica siciliana.
A brioche com tuppo é mais do que um simples doce: é uma experiência sensorial que conta a Sicília através de perfumes, consistências e sabores. Para quem deseja trazer à sua mesa o autêntico sabor do pequeno-almoço siciliano, selecionámos com cuidado uma versão que encarna a essência desta tradição.
Ingredientes Naturais
A qualidade sublime da brioche com o tuppo depende em grande medida da seleção cuidadosa dos ingredientes. Cada componente contribui de forma determinante para o resultado final, criando aquela harmonia de sabores e aquela consistência inimitável que caracterizam este produto de pastelaria.
Farinha e Fermento: A Base Perfeita
O fundamento de uma brioche com o tuppo excelente reside na escolha da farinha. Tradicionalmente, prefere-se uma farinha do tipo "00" com um teor proteico médio-alto (cerca de 12-13%), que garante a estrutura necessária para sustentar a alveolatura interna. Alguns mestres pasteleiros recorrem a uma mistura que inclui percentagens de farinha manitoba, particularmente rica em glúten, para conferir maior elasticidade à massa.
No que diz respeito ao fermento, o debate entre puristas e inovadores permanece aberto. A tradição siciliana mais antiga privilegia a utilização de fermento natural (ou massa mãe), que confere complexidade aromática e digestibilidade superior. As versões contemporâneas podem incluir fermento de cerveja fresco, que acelera o processo de levedação mantendo resultados notáveis. Em algumas receitas tradicionais, a adição de banha à massa é fundamental para obter uma brioche ainda mais macia, fragrante e com sabor autêntico, segundo o uso histórico difundido em muitas zonas da Sicília. O equilíbrio entre os tempos de produção e a profundidade de sabor determina frequentemente a escolha entre as duas opções.
O Segredo da Manteiga de Qualidade
A manteiga representa o ingrediente que mais do que qualquer outro define o caráter organoléptico da brioche com o tuppo. Não é um simples gordura, mas um elemento estrutural e aromático fundamental. A tradição siciliana exige uma manteiga com alto teor de matéria gorda (82-84%), preferencialmente de origem italiana e obtida a partir de leite de vacas alimentadas a pasto.
"A manteiga confere à brioche com o tuppo não só maciez, mas aquela indescritível sensação de plenitude que persiste no palato após cada mordida. É a assinatura invisível de cada brioche autêntica." - Antigo ditado de pasteleiros sicilianos
A temperatura de trabalho da manteiga é crucial: deve ser suficientemente macia para se incorporar na massa de forma homogénea, mas não derretida, para preservar a estrutura que garantirá a maciez final.
Ovos Frescos e o Seu Papel Crucial
Os ovos na massa da brioche com o tuppo desempenham múltiplas funções: enriquecem o sabor, conferem cor, contribuem para a estrutura e funcionam como agentes emulsionantes. A tradição siciliana privilegia ovos fresquíssimos de galinhas criadas ao ar livre, com gemas de cor intensa que garantirão uma massa de cor amarelo dourado característico.
A proporção entre gemas e ovos inteiros representa um dos segredos guardados pelos mestres pasteleiros: um maior número de gemas aumenta a riqueza e a maciez da massa, enquanto os ovos inteiros favorecem a estrutura e a alveolatura.
Outros ingredientes complementares, mas essenciais, incluem o açúcar refinado fino, que além de adoçar, contribui para reter a umidade; o sal, que equilibra a doçura e reforça a estrutura do glúten; o aroma de baunilha ou raspas de citrinos, que conferem notas características sem predominar no perfil gustativo global.
A Importância da Temperatura dos Ingredientes
Um detalhe muitas vezes subestimado na preparação da brioche com o tuppo diz respeito à temperatura dos ingredientes. Levar ovos, manteiga, leite e fermento à temperatura ambiente não é um simples capricho de confeiteiro, mas uma regra de ouro que determina o sucesso da massa.
Ingredientes muito frios correm o risco de comprometer a ativação do fermento, dificultando a fermentação correta e o crescimento macio e harmonioso da massa. A manteiga à temperatura ambiente, além disso, se mistura perfeitamente sem formar grumos, enquanto os ovos mornos contribuem para uma estrutura mais homogênea e sedosa.
Esse cuidado assegura um trabalho mais uniforme e uma fermentação ótima, conferindo à brioche aquela leveza inconfundível que a distingue. Bastam 30 minutos fora do frigorífico para transformar uma simples receita em um verdadeiro ritual de confeitaria.
Procedimento para uma Brioche Perfeita
A maestria na criação da brioche com o tuppo não reside apenas na qualidade dos ingredientes, mas também na execução metódica de técnicas refinadas que se transmitem de geração em geração. Um processo que requer paciência, precisão e um profundo conhecimento das reações que ocorrem na massa.
Preparação da Massa
O processo começa com a ativação do fermento, fase preliminar fundamental para garantir uma fermentação correta. Em seguida, procede-se à mistura propriamente dita, que requer método e atenção às temperaturas. Os ingredientes são incorporados de acordo com uma ordem pré-estabelecida: primeiro os elementos líquidos (ovos, leite morno), depois os secos (farinha, açúcar, sal) e, por fim, a manteiga amolecida.
A mistura é idealmente feita com uma batedeira profissional equipada com gancho, embora os puristas sustentem que o calor das mãos confere características organolépticas superiores. A massa é trabalhada até alcançar a “consistência de véu”, ou seja, quando, esticando uma pequena porção, se obtém uma membrana fina que não se rompe imediatamente. Essa verificação da consistência deve ser repetida pelo menos duas vezes durante o trabalho para garantir que a massa esteja bem desenvolvida.
Uma vez pronta, a massa é dividida em pedaços de tamanho uniforme, que poderão então ser moldados para formar as brioches.
Um indicador técnico fundamental é a temperatura final da massa, que deve estar em torno de 26-28°C para garantir condições ótimas de fermentação. Esse parâmetro, muitas vezes negligenciado por não profissionais, representa um dos critérios entre um resultado medíocre e um excelente.

A Arte da Fermentação Lenta no Frigorífico
Uma das fases mais subestimadas, mas definitivamente cruciais para o sucesso da brioche com o tuppo, é a fermentação lenta no frigorífico. Após o primeiro desenvolvimento da massa, o repouso prolongado em baixas temperaturas – geralmente por cerca de 20 horas – não é um simples detalhe técnico, mas um verdadeiro aprimoramento.
O que acontece neste intervalo "noturno"? As baixas temperaturas retardam a atividade das leveduras, favorecendo uma fermentação controlada que permite que os aromas complexos se desenvolvam com equilíbrio e profundidade. É durante essa espera que a brioche adquire aquela maciez inimitável, uma estrutura fina e regular da migalha, juntamente com um perfume mais rico e persistente. Na prática, a longa maturação a frio transforma uma massa boa em uma obra-prima da panificação, semelhante aos segredos que tornam um pain au lait parisiense ou um panettone artesanal inesquecíveis.
Também do ponto de vista prático, esta técnica facilita o trabalho: uma massa bem maturada é mais manejável durante a porcionamento e a moldagem, reduzindo o risco de colapsos ou irregularidades na cozedura. O resultado? Uma brioche com o tuppo que se destaca pela leveza e maciez, mas também por aquela complexidade aromática que apenas o tempo – e a paciência – podem oferecer.
Tempo de Fermentação e os Segredos para uma Consistência Macia
A fermentação da brioche com o tuppo se articula em várias fases, cada uma com seu propósito específico. A primeira fermentação ocorre em massa, com a massa reunida em forma esférica e coberta com filme plástico para evitar a formação de crosta. Este processo requer de 2 a 3 horas em ambiente a temperatura controlada (cerca de 28°C).
Segue-se uma fase de "punching down" (literalmente, abatimento) em que a massa é brevemente trabalhada novamente para expulsar o excesso de dióxido de carbono e redistribuir as leveduras. Esta operação, aparentemente brutal, é na verdade essencial para obter uma alveolagem regular e uma estrutura homogênea.
A paciência representa a virtude cardinal do pasteleiro nesta fase: acelerar os tempos de fermentação resultaria irremediavelmente em uma brioche pesada e pouco desenvolvida. Como diz um antigo adágio siciliano: "A brioche tem seu tempo, como as estações e o amor".
Métodos e Tempos de Fermentação: Repouso e Maturação da Massa
Concluída a fase de trabalho, a massa deve ser reunida em uma bola lisa e colocada em uma tigela grande levemente untada. A superfície é protegida com filme plástico para evitar que seque. Começa então uma primeira fermentação à temperatura ambiente ou dentro do forno desligado, com a luz acesa, por cerca de 2 horas, até que o volume não tenha aumentado visivelmente e a rede de glúten tenha adquirido elasticidade.
Uma vez concluída esta primeira fermentação, procede-se com uma maturação no frigorífico: a massa, sempre coberta, repousa em ambiente frio por pelo menos 18-20 horas. Esta etapa, mutuada das melhores práticas das grandes escolas de panificação europeias, como as francesas, é essencial para desenvolver aromas mais complexos e garantir a proverbial maciez do interior.
Após o tempo no frigorífico, a massa é delicadamente trazida de volta à temperatura ambiente, deixando-a repousar por uma hora ou até que esteja novamente macia e trabalhável. Esta dupla fermentação—primeiro a temperatura controlada, depois uma longa maturação a frio—permite obter uma trama interna fina e sedosa, bem como uma forma homogênea e regular, pronta para a posterior moldagem do tuppo.
Moldagem do Tuppo: Técnicas e Conselhos
A criação do característico tuppo representa o momento em que técnica e arte convergem. Depois de porcionar a massa em bolinhas de peso uniforme (cerca de 60-70g para brioche individuais), procede-se à formação: com a palma da mão, cria-se uma concavidade no centro de cada bolinha, então se retira um pouco de massa, arredonda-se e coloca-se nessa concavidade, pressionando levemente para aderir.
Fase |
Técnica |
Resultado esperado |
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Porcionamento |
Corte preciso da massa em unidades de 60-70g |
Brioche de tamanho uniforme |
Pirlatura |
Rotação da massa na superfície com movimento circular |
Superfície tensa e lisa |
Formação do tuppo |
Retirada de cerca de 1/5 da massa, arredondamento e posicionamento |
Protuberância central bem definida |
Um truque dos mestres pasteleiros consiste em umedecer levemente os dedos com água durante a formação do tuppo, para evitar que a massa grude nas mãos e garantir assim uma superfície lisa e regular.
Cozimento: Temperaturas e Tempos Ideais
A fase final requer igual atenção e precisão. Antes do cozimento, as brioche moldadas passam por uma última fermentação de cerca de 30-40 minutos, seguida da aplicação com pincel de uma mistura de gema e leite (douramento) que conferirá o característico brilho âmbar.
Para evitar que as brioche grudem e para facilitar a limpeza, recomenda-se revestir a assadeira com papel manteiga antes de dispor as brioche para o cozimento.
O cozimento ocorre idealmente em forno estático pré-aquecido a 180-190°C por cerca de 12-15 minutos, tempo suficiente para garantir o cozimento interno sem desidratar excessivamente a massa. Um teste empírico, mas eficaz, para verificar o cozimento consiste em bater levemente no fundo da brioche: um som seco indica que está pronta.
O resfriamento em grade é essencial para evitar a formação de condensação na parte inferior, o que comprometeria a consistência crocante da base.
Variações e Combinações
Na Sicília, a brioche com o tuppo é também conhecida como 'brioscia', um termo que remete à tradição local e às numerosas variações desta especialidade.
A brioche com o tuppo, mantendo a sua identidade inconfundível, presta-se a numerosas interpretações e modos de degustação que variam de acordo com as tradições locais e os gostos pessoais.
Versões Regionais e Diferenças
Dentro da mesma Sicília, a brioche com o tuppo apresenta variações territoriais dignas de nota. Trata-se, de fato, de brioche sicilianas realmente deliciosas, conhecidas por muitos como brioche col tuppo messinesi porque são particularmente comuns na região de Messina e Catania, mas na realidade em toda a Sicília constituem um verdadeiro símbolo desta terra e podem ser encontradas em todo o lado.
A versão catanesa tende a ser mais doce e aromatizada com mel de laranja ou essência de flores de laranja, enquanto a versão palermitana é mais neutra no sabor, ideal para acompanhamentos salgados ou doces.
Na área de Messina, pode-se encontrar a brioche "cunzata" (temperada), enriquecida com granulado de açúcar e sementes de sésamo na superfície, enquanto na zona de Ragusa a receita tradicional inclui uma leve nota de canela na massa.
Algumas confeitarias inovadoras desenvolveram variantes que incluem ingredientes não convencionais como açafrão, pistácio de Bronte ou chocolate de Modica na massa, criando fusões interessantes que respeitam, no entanto, a estrutura e a técnica original.
Como Saborear a Brioche com o Tuppo
A versatilidade da brioche com o tuppo expressa-se plenamente nas múltiplas formas de consumo. A tradição siciliana prevê várias possibilidades de degustação:
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Pura, ligeiramente aquecida, para apreciar a sua maciez e o delicado sabor amanteigado
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Recheada com creme de ricota ou creme pasteleiro, para um café da manhã substancial
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Cortada ao meio e recheada com presunto e queijo, segundo a tradição da "tavola calda" siciliana
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Molhada no leite ou no café, prática comum nas famílias sicilianas
Independentemente da forma escolhida, a brioche com o tuppo expressa melhor as suas qualidades quando consumida nas primeiras 24 horas após a produção, momento em que a fragrância e a maciez atingem o seu auge.
Combinações Perfeitas: Gelado, Granita, e Outros
A combinação mais icónica e amada continua a ser com a granita siciliana, em particular a de café ou de amêndoas. Esta combinação representa o café da manhã de verão por excelência na Sicília: o tuppo é frequentemente removido primeiro e utilizado para apanhar a granita semi-fundida, enquanto o corpo da brioche é progressivamente embebido no doce gelado.
Igualmente célebre é a combinação com gelado artesanal, onde a brioche serve como recipiente e
Igualmente célebre é a combinação com gelado artesanal, onde a brioche serve como recipiente comestível. Uma tradição que transforma o simples gelado numa refeição completa, particularmente apreciada durante os quentes dias sicilianos. A massa macia absorve lentamente o gelado que derrete, criando uma experiência gustativa estratificada que alterna temperaturas e texturas.
Menos conhecidos, mas igualmente deliciosos são as combinações com:
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Creme de pistácio para barrar, que realça o contraste entre a maciez da brioche e a densidade do creme
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Mel de abelha negra siciliana e ricota fresca, para um retorno às origens camponesas da ilha
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Compotas de citrinos sicilianos, que equilibram a doçura da massa com notas ácidas refrescantes
Uma combinação singular, mas surpreendentemente harmoniosa, é aquela com um copo de Malvasia delle Lipari, um vinho doce cuja nota âmbar reflete os tons do brioche recém-assado, criando uma experiência de degustação de rara elegância.
FAQ sobre a Brioche com o tuppo
As perguntas mais frequentes sobre a brioche com o tuppo revelam a curiosidade e o interesse que este produto de padaria continua a suscitar, mesmo fora das fronteiras sicilianas. Aqui estão as respostas às questões mais comuns.
Qual é a História da Brioche com o tuppo?
A brioche com o tuppo tem origens que se entrelaçam com a história da pastelaria europeia. Embora a técnica básica derive da pastelaria francesa, importada para a Sicília durante o período borbônico (século XVIII-XIX), a sua forma peculiar com o tuppo representa uma inovação totalmente siciliana.
Uma lenda popular narra que a forma foi inspirada no penteado feminino tradicional siciliano, o “chignon” ou “tuppo”, que as mulheres usavam preso no topo da cabeça. Outros estudiosos sustentam, no entanto, que a protuberância tinha um propósito funcional: facilitar a pegada durante o processamento e a cozedura.
O que é certo é que desde a metade do século XIX a brioche com o tuppo começou a se espalhar por toda a ilha, tornando-se rapidamente um símbolo do café da manhã siciliano e adquirindo ao longo do tempo variantes regionais que enriqueceram o panorama gustativo.
Dicas para Conservar a Brioche com o tuppo
A conservação ideal da brioche com o tuppo representa um desafio, pois a sua natureza rica em manteiga e ovos a torna particularmente sensível à oxidação e ao ranço. Aqui estão algumas indicações para preservar ao máximo suas qualidades:
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Conservar à temperatura ambiente (18-22°C) em um recipiente hermético ou envolvida em um pano limpo durante as primeiras 24-36 horas
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Evitar a refrigeração direta, que aceleraria o processo de endurecimento
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Para conservações mais longas, proceder ao congelamento das brioches assim que arrefecerem, envolvendo-as individualmente em filme plástico e depois em um saco hermético
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Para regenerar uma brioche arrefecida, aquecê-la no forno a 180°C por 3-4 minutos ou, alternativamente, por poucos segundos no micro-ondas em potência média
Nos últimos anos, o embalamento das brioches com o tuppo fez grandes avanços graças à utilização de técnicas modernas como a embalagem hermética ou a cápsula de preservação de frescura em ATM (atmosfera modificada). Este tipo de embalagem permite manter a frescura e a fragrância do produto por mais tempo, prolongando a validade e garantindo uma qualidade superior mesmo durante o transporte. A escolha de uma embalagem adequada é fundamental para preservar as características originais da brioche e oferecer ao consumidor um produto sempre fresco.
Um cuidado especial diz respeito ao eventual recheio: este deve ser adicionado apenas no momento do consumo para evitar que a umidade do recheio penetre na massa, comprometendo a sua consistência.
Dica Extra: Como Servi-la da Melhor Forma
Uma vez retiradas do forno, deixe as brioches arrefecerem por cerca de dez minutos antes de as consumir. Este simples passo permite que o miolo amoleça bem, restituindo toda a fragrância e a maciez típicas da brioche acabada de fazer. Se desejar uma maciez ainda maior, pode cobri-las com um pano limpo durante o arrefecimento.
O Segredo para um Resultado Excelente
Lembre-se de que a verdadeira chave para obter brioches com o tuppo excepcionais reside na receita original e na longa fermentação. Reserve o tempo necessário para respeitar os tempos de descanso da massa: só assim poderá saborear toda a delicadeza e o aroma autêntico da tradição siciliana.
Como Personalizar a Receita em Casa
A preparação caseira da brioche com o tuppo permite personalizações que, respeitando a estrutura fundamental, permitem adaptar o produto aos gostos pessoais. Aqui estão algumas variações admissíveis:
Para uma massa mais aromatizada, pode optar pela adição de:
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Raspa de citrinos sicilianos (laranja, limão ou mandarim tardio de Ciaculli)
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Baunilha bourbon em vagem, mais intensa do que o extrato
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Uma colher de chá de água de flores de laranjeira ou de mel de acácia
Para texturas alternativas:
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Substituir parte da manteiga por azeite virgem extra (máx. 20%) para uma brioche mais macia e leve
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Incorporar uma mínima percentagem de farinha integral (10-15%) para notas de rusticidade
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Utilizar leite de amêndoa em vez de leite de vaca para um sabor mais caracterizado e mediterrânico
O importante é manter as proporções fundamentais entre ingredientes húmidos e secos e respeitar os tempos de fermentação, verdadeiro segredo deste produto de pastelaria.
Um Pequeno Truque para a Fase Final
Uma vez retiradas do forno, deixe arrefecer as suas brioches com o tuppo por cerca de dez minutos antes de as degustar: assim, elas amolecem ainda mais, desenvolvendo a sua típica fragrância e delicadeza. Um cuidado simples, mas fundamental, é cobri-las com um pano limpo durante esta fase: a humidade retida favorece um miolo ainda mais macio.
O Segredo? Tempo e Cuidado
Para obter brioches com o tuppo realmente excepcionais, não tenha pressa: a receita original e uma longa fermentação são a chave. Só assim se desenvolvem aromas complexos e uma textura que se desfaz na boca, tal como nas melhores pastelarias sicilianas.
Conclusão
A viagem através da história, dos ingredientes e das técnicas da brioche com o tuppo revela-nos um produto de extraordinária complexidade, símbolo não só da tradição pasteleira siciliana, mas verdadeiro elemento cultural identitário.
O Encanto Intemporal da Brioche Siciliana
O que torna a brioche com o tuppo um fenómeno gastronómico transversal é a sua capacidade de evocar sensações universais: o prazer da comida reconfortante, a nostalgia da infância, a imediata alegria gustativa. A sua estrutura macia, que se desfaz delicadamente sob os dentes, representa uma promessa de prazer que atravessa gerações e fronteiras geográficas.
O sucesso internacional deste produto nos últimos anos testemunha como, na era da globalização alimentar, os alimentos com uma forte identidade territorial e uma história autêntica emergem como pontos de referência para consumidores cada vez mais à procura de experiências gustativas genuínas e significativas.
A brioche com o tuppo encarna perfeitamente esta tendência: um produto artesanal que, apesar da sua aparente simplicidade, requer mestria, ingredientes selecionados e respeito por procedimentos consolidados ao longo do tempo. Uma complexidade oculta que se traduz numa experiência de sabor imediata e gratificante.
Convite a Descobrir e Preparar a Brioche com o tuppo
Sejam vocês pasteleiros experientes desejosos de se aventurar com um clássico da tradição mediterrânea, ou simplesmente amantes da boa mesa curiosos para explorar novos horizontes de sabor, a brioche com o tuppo merece um lugar de honra no vosso repertório gastronómico.
Preparar este doce levedado em casa significa embarcar num percurso de paciência e precisão, mas também oferecer-se o prazer de encher a própria casa com o inconfundível aroma de manteiga e baunilha que anuncia, como um chamado invisível, a promessa de um momento de pura alegria gustativa.
Para aqueles que preferem confiar na experiência de artesãos especializados, as brioches com o tuppo de Sicilus representam uma oportunidade de trazer para a própria mesa o autêntico sabor da tradição siciliana, elaborado com ingredientes selecionados e técnicas respeitosas do património gastronómico insular.
Num mundo que corre cada vez mais rápido, conceder-se o tempo de saborear uma brioche com o tuppo, talvez acompanhada de uma granita numa quente manhã de verão, significa reconectar-se não só com uma tradição seccentária, mas também com o prazer fundamental da partilha e da convivialidade que representa a essência mesma da cultura mediterrânea.